quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Odiar


Dizem por aí que o ódio é vermelho, forte, sangue e dor. Quando foi que passei a odiá-los, quando foi que o amor passou e deixou a indiferença e a indiferença deixou um campo negro, sem vida, vermelho e sangrento, ódio?
Sangue pelo chão, brotando como que em uma nascente de um rio, de dor. Sangue, terra e negro. Sangue de dor, vermelho como sangue vivo. Forte como uma ferida profunda, da terra. Sentimento de nojo, de repulsa, de des-admiração, de anti-empatia. Não quero estar perto deste campo de sangue, nada cresce nele, nada sobe sobre a sua terra molhada de vermelho. Quero fugir, quero espalhar todos os meus espinhos, toda a minha proteção, a minha "segurança". Não quero guerra, não quero sangue, não quero dor, ódio, vermelho.
Não busco aceitação, busco paz, busco indiferença, busco tranquilidade. Quero poder sair, voar, respirar, levantar as minhas asas e ser quem eu sou. Não vou dizer que não busco companhia, quero e preciso. Quero poder sentir o que a liberdade tem de bom, o veneno que me transforma, me desenvolve, me devora, me digere e me faz em algo melhor.  
"A lagarta morre quando forma a crisálida. A planta morre quando engrandece. Quem quer que esteja na muda conhece a tristeza e a angústia."

Um comentário:

  1. O ruim é que esse campo persegue os nossos sonhos e os nossos caminhos.E, talvez, já estejamos banhados com a vermelhidão do ódio dos outros que nos ferem.Mas eu prefiro corres riscos e aceitar quem eu sou.Do que sofrer sozinho pelo preconceito e covardia dos outros.

    ResponderExcluir