sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Curto demais


Olha que já faz algum tempo que não perco tempo aqui.
É engraçado como olhando coisas relativamente recente percebemos que já não somos mais daquele jeito.
Mudamos muito rápido. Tudo muda muito rápido ao nosso redor. Não há tempo nem oportunidade para permanências e, quando falo permanências, entende-se o que queira entender.
Árvores já foram cortadas.
Pessoas já foram recompostas.
Essa leveza já me beija novamente o rosto, como um reencontro de velhos amantes.
Admito que ela nunca foi muito do tipo carinhosa ou atenciosa, apenas sedutora, muito sedutora.
As coisas parecem caminhar para um futuro certo, mesmo que ele seja tão incerto quanto o passado.

Contraditório ou não, é assim que as coisas caminham. Sempre naquela espiral de metamorfoses e mudanças na maioria das vezes complexas. Sempre igual, mas ao mesmo tempo sempre diferente.
A vida é curta demais para olharmos duas vezes para o mesmo lugar.
Lugar vazio, que sempre permaneceu vazio.

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