quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Lacre


Let it be
I'm leaving this room for some while. I just can't image how i wasted so much time looking for someone who just can't exist. Self-steam, glory, love, or somekind of feeling that make me a little more happy. I'm leaving this search, these possibilities of find someone that i already know how is, how love me, how walk, how watch me. This isn't healthy! I've always tried to just be myself, on my own, alone and strong, strong like a piece of rock. But i'm green, i'm sick, i'm down and i'm not fine. I feel tired, i feel like a living-dead. Some while, some place to get rest, some peace... i would like some beach and friends, i'd like to laugh, at least once in this week. I feel like i were getting close. Close from my border-line.
I'm sorry my dear Hobbes, i think it's too late for me. It doesn't matter anymore

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Nuvens


11de uma noite de quinta. Prestes a dormir, ou não. Esse sentimento grande guardado no peito. Sem válvula de escape e nenhuma outra maneira de conseguir dividir. Sinto como fosse explodir de desejo, de afeição, de empatia. Quero dividir, sinto que o que tenho dentro guardado é bom, é saudável, é puro.

É bem verdade que já faz um tempo, alguns tempos, longos tempos. Sentimentos sufocados, abafados e indecifrados jogados no fundo da gaveta. Sempre fui do tipo bem racional sabe? Daqueles que procura sufocar qualquer possibilidade de ser feliz. Ora só, no que eu fui pensar, que o garoto mais bonito daquele maldito colégio de alguma forma gostava de mim. Sua face escondida no meio daqueles cabelos negros, seu sorriso meio 'bocó' me deixando de novo com aquele frio na espinha, seu cheiro. Me escondo, aperto com força o peito até sufocar essa explosão, esse sentimento grande guardado no peito. Ele desce como uma bola de espinhos, rasgando por dentro e deixando algumas feridas, arranhões que com o tempo vão se tornando lembranças afectuosas que guardo com atenção em um espaço reservado no coração.
Sinto como todo o caminho já estivesse descrito, pré-destinado, apesar dos pesares. Você aparece, conversamos por alguns minutos e logo me vejo com aquele friozinho na barriga característico, percebo alguns dias mais tarde que estou loucamente, completamente apaixonado, você me olha com aquele olhar que eu sempre desejei e eu com aquele olhar de garoto tímido que não sabe aonde pôr as mãos. Nos beijamos depois de algum tempo, alguns tempos, não muito longos. Me cativas, me cativas, me cativas, me cativas até chegarmos no ponto em que o tipo bem racional se rasga bem no meio, deixando explodir todo o sentimento, toda a empatia, a afeição, o ciúmes e tudo o que um encontro tem direito de ter. Apesar dos pesares, sinto que encontrei finalmente, cedo ou muito tarde (não tarde demais, espero), o "verdadeiro", ou ao menos aquele que vai deixar um frio na minha barriga toda a vez que o ver dobrando a esquina, com seus cabelos característico, seu sorriso bobo e aquele olhar que só ele sabe dar.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Mas se me cativas...


Ando sem rumo, com paz no coração. Deslizando e derrapando entre árvores de uma floresta interna. Sinto falta de um alguém que nunca tive. Alguém azul-nuvem ao meu lado, em todos os lugares. Sinto falta de um alguém pra ouvir, pra falar, pra desabar e também confiar.
Olho no olho, mãos, pernas, coxas e atenção. Um porto, o terceiro ponto da minha cadeira de três pernas. Quero o que chamam de segurança, se é que existe. 
Sinto falta de alguém que me cative, de uma leveza de ser que mais se pareça com uma nuvem. Leve, verde e companheiro. Alguém que venha todos os dias 4 da tarde passar pela minha porta, olhar na minha alma, me desarmar e me levar pra outro lugar que não este. Fuga da dor, escapismo talvez, mas ainda assim o quero.
Quero ao meu lado, quero sincero, quero cumplicidade e mais do que tudo amizade. Apanhar nuvens, correr sobre elas, nadar em um lago, viver o irreal. Não quero amores reais, quero aquilo que me cativa, quero aquele eu ainda não sei o nome.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Odiar


Dizem por aí que o ódio é vermelho, forte, sangue e dor. Quando foi que passei a odiá-los, quando foi que o amor passou e deixou a indiferença e a indiferença deixou um campo negro, sem vida, vermelho e sangrento, ódio?
Sangue pelo chão, brotando como que em uma nascente de um rio, de dor. Sangue, terra e negro. Sangue de dor, vermelho como sangue vivo. Forte como uma ferida profunda, da terra. Sentimento de nojo, de repulsa, de des-admiração, de anti-empatia. Não quero estar perto deste campo de sangue, nada cresce nele, nada sobe sobre a sua terra molhada de vermelho. Quero fugir, quero espalhar todos os meus espinhos, toda a minha proteção, a minha "segurança". Não quero guerra, não quero sangue, não quero dor, ódio, vermelho.
Não busco aceitação, busco paz, busco indiferença, busco tranquilidade. Quero poder sair, voar, respirar, levantar as minhas asas e ser quem eu sou. Não vou dizer que não busco companhia, quero e preciso. Quero poder sentir o que a liberdade tem de bom, o veneno que me transforma, me desenvolve, me devora, me digere e me faz em algo melhor.  
"A lagarta morre quando forma a crisálida. A planta morre quando engrandece. Quem quer que esteja na muda conhece a tristeza e a angústia."

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Cativar

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"( A. S. Exupéry)



Diz uma lenda ai que nossas mentes são separadas por uma fina camada de consciência. O reduto mais profundo e intocável entre os humanos. Separados, cabe a nós o eterno sentimento de vazio em nossas cabeças pelo não contato com o outro, separados, buscamos desesperadamente nos entender, nos relacionar, nos misturar, nos tornar um. Amor, Deus, segurança, felicidade, conceitos e mais conceitos criados para tentar preencher um pouco este abismo. O amor ao outro, a empatia e a vontade de nos relacionar, consequentemente, nos machucar.

 Aquilo que me cativa adentra na minha consciência, cria raízes, se estabelece. Transforma o meu ser, adentra no meu interior, no meu reduto, na minha alma. Lá, ele cria raízes, cria laços, me devora e me vomita. Sofrimento vai, alegria vem, todos temos um pouco de ouriços nas nossas personalidade. Afastamos o que nos machuca, o contato, o sofrimento.

Aquilo que me machuca eu não cativo. O que me fere na alma, o que rasga violentamente as raízes, o que me faz sangrar, cuspir sangue, chorar, isto eu não quero dentro de mim.  Quero distância, quero proteção. Não quero sofrer, não quero sangrar, portanto, quero evitar.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O que eu realmente busco

Estranho me sentir pensativo nestes dias de verão.
Relações familiares perturbadoras, pensamentos aconchegantes e reconfortantes. R.e.c.o.n.f.o.r.t.o! É muito fácil viver em uma realidade que não a real. Eu preciso, eu necessito, eu sangro por desabafar, eu choro por companhia e por atenção. Mal de infância, mas quem nunca levou consigo alguma pedra no meio do caminho? Me pergunto então pelo o que eu realmente vivo, por que e por quem eu espero, eu clamo, eu choro e eu luto. Pela grande roda?
Sei que já deixei a grande roda a muito tempo, por escolha mesmo, sabe? Em um belo dia olhei pra ela em terceira pessoa e vi que aquilo não era o que eu buscava. Afinal, o que eu buscava era isso? degradação, depravação, decomposição, destruição? Me sinto podre, me sinto sujo, me sinto fora mas ao mesmo tempo me sinto livre. O ar de liberdade sempre será tão venenoso assim? São muitas perguntas pra muitas incertezas e tenho certeza que essas dúvidas e tristezas ainda vão permanecer ainda um bom tempo antes que outras surgem e se acomodem na consciência. Queria poder ter disciplina, queria poder ser admirado, queria poder me destacar, queria poder ser o melhor. 
Provavelmente para conseguir atenção, no final das contas é sempre a mesma tarefa de bombear o ego que sofre diariamente as suas "furadas". Sobra pra mim a tarefa de inflar um pouquinho o ego, ao menos isso não faz nenhum mal a ninguém, certo?
Sim, a grande roda. Caio, você me deixa um legado de pensamentos e de ações. A grande roda a que me refiro faz parte do meu primeiro conto lido, no primeiro período do meu amado curso de História. Foi quando deixei o campo corrupto e putrefado do qual eu fazia parte e resolvi adentrar em outro, talvez até mais podre do que o antigo... mas quem não vive na completa decomposição hoje em dia? Morremos ao pouco, no corpo e na alma, até chegar o ponto em que um dos dois laços se desata, se acaba.



"Fissura, estou ficando tonta. Essa roda girando girando sem parar. Olha bem: quem roda nela? As mocinhas que querem casar, os mocinhos a fim de grana pra comprar um carro, os executivozinhos a fim de poder e dólares, os casais de saco cheio um do outro, mas segurando umas. Estar fora da roda é não segurar nenhuma, não querer nada. Feito eu: não seguro picas, não quero ninguém. Nem você. Quero não, boy. Se eu quiser, posso ter. Afinal, trata-se apenas de um cheque a menos no talão, mais barato que um par de sapatos. Mas eu quero mais é aquilo que não posso comprar. Nem é você que eu espero, já te falei. Aquele um vai entrar um dia talvez por essa mesma porta, sem avisar. Diferente dessa gente toda vestida de preto, com cabelo arrepiadinho. Se quiser eu piro, e imagino ele de capa de gabardine, chapéu molhado, barba de dois dias, cigarro no canto da boca, bem noir. Mas isso é filme, ele não. Ele é de um jeito que ainda não sei, porque nem vi. Vai olhar direto para mim. Ele vai sentar na minha mesa, me olhar no olho, pegar na minha mão, encostar seu joelho quente na minha coxa fria e dizer: vem comigo. É por ele que eu venho aqui, boy, quase toda noite. Não por você, por outros ecmo você. Pra ele, me guardo. Ria de mim, mas estou aqui parada, bêbada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. Cuidado, comigo: um dia encontro." - Caio Fernando Abreu.

Palavras chave da semana: Maturidade, persistência, mentira, e trabalho.