quarta-feira, 13 de abril de 2011

Quarta feira gorda


Sim, mais uma tentativa egocêntrica de leveza. Me contorço na penumbra, grito, choro, exclamo. Quero você, quero ele, quero todos. Deito no chão e levanto meu dorso de forma histérica. Grito por um nome que não existe. Clamo por atenção e amor. Estou soluçando entre gritos e desesperos.
As energias esgotam, paro, morro, olho para o horizonte e não vejo nada. Estico meus dedos, procuro por algo em que possa tocar, não acho, choro.
Grito, danço na escuridão como se fizesse parte dela, olho no espelho e vejo deformações. Aonde me começo e quando me termino? Quero você, quero ele, quero amar e quero amado.
Não me odeie, não me destrua, não me mate. Aonde estão nossas nuvens? Preciso de você, dele, de todos, de amor, de mim.
O que resta. Entranhas, tripas, danças frenéticas e histeria. Estou perdendo minhas peças do quebra-cabeça. Quebre a minha cabeça antes que eu o faça. Egocentrismo, egoísmo, estupidez, estranhamento.
Grito por socorro, só vejo o espelho, não vejo paz.
Quero você, preciso de você, quero seu abraço, quero suas palavras. Preciso de um novo elemento. Não me completo. Não me basto.

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